segunda-feira, 24 de novembro de 2008

e ai eu corri


Ateh descobrir que recomeço nao é uma linha reta. Pode ter curvas, ou pode nao ter saida. E entao voltei a ouvir, e nada melhor que ouvir a sua propria voz quando nao é falando com voce mesmo. E ouvir a voz de alguem que ouve a sua voz, e diz coisas que voce já sabia mas alguém precisava te dizer. Falar com alguém que te conhece e que vai te dizer onde foi que voce se perdeu. Tenho amigos maravilhosos no Brasil mesmo. E aí eu conto meus erros, que me entende, que me clareia, ou que me escuta e me diz o que eu devo fazer, soando como o que eu quero ouvir. E aí eu acrescento na minha mais nova lucidez: aqui, eu também tenho gente maravilhosa. Se tenho. E entre tanta coisa que eu poderia falar depois de uns dias perfeitos, com um final - que nao é um fim - que nao merecia, eu só quero dizer que: numa folha qualquer, eu desenho um sol amarelo. Que com cinco ou seis retas, é facil fazer um castelo. Que posso correr o lapis em torno da minha mao e me dar uma luva. E se eu faço chover, com dois riscos, eu tenho um guardachuva. O futuro é uma astronave que tentamos pilotar, que nao nem tempo, nem piedade, nem tem hora pra chegar. Sem pedir, muda nossa vida, e nos convida a rir ou chorar.

Amanha eu vou acordar e te sorrir. E agora eu engato a ré, vou sem pressa, e cantando toquinho. Mas na minha versao, e no que depender de mim, nao descolorirá. Ouviu?

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