Entao vocês se perguntam, mas o que é mesmo que o mac tá fazendo lá? Não estou em empresa de cortar grama, nem no greenpeace. Estou em uma empresa ligada com questões ambientais, mas conhevamos, nem tanto pra um, quanto pra outro. Pelos cruéis mal entendidos, eis que explico.
Talvez você já ouviu falar do FSC, ou já viu essa loguinho simpática por aí, em um móvel de madeira ou derivado. Se viu, pego emprestado a frase que o define e digo: este produto é derivado de florestas bem manejadas. Nenhuma árvore foi cortada, sem que fosse replantada, nenhum funcionário foi explorado e nenhuma comunidade local afetada. Essa loguinho atesta que o produto provém de uma empresa ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável. E quem atesta? A gente.
Estou aqui nao por que falo inglês, mas por que falo português. O Brasil é um mercado muito rico para certificações ambientais, e é só olhar a nossa bandeira para entender o porque. E entao aqui que eu entro, ajudando a estreitar a relação com esses clientes através de, eureka, falando a língua deles. E até uma vizinha de Blumenau já descobri que é cliente. E aí eu vou cuidando de tudo, pintando planilhas, batendo papo com auditores e cobrando dinheiro. O Brasil é bem verde, mas a verdinha que é bom demora pra chegar aqui.
E aí agora vocês se perguntam, mas o que é mesmo que isso tem a ver com o mac? Bom, por enquanto, estou envolvido apenas em partes do negócio, mas certificação ambiental é algo muito interessante. Tão interessante que, essa empresa que vos falo, tem crescido mais rápido que eucalipto – que já aprendi que cre$ce bem rápido. E se sustentabilidade é o novo rosa do marketing, por que nao trabalhar numa empresa com o slogan certification for a sustainable world? Aqui convivo com, no geral, engenheiros florestais e seus derivados acadêmicos. São todos legais, muitos deles até sabem fazer boas piadas, e param pra discutir nome científico das ávores no caminho do restaurante. Eles falam de Discovery Channel como eu falo de internet. Mas mesmo do ponto de vista de um publicitario, sao todos legais. Cada um no seu galho – trocadilho imperdível – mas bem legais.
Entao nao, nao corto grama na California. Nem vim pra salvar as baleias, as focas, esquilos ou apagar as queimadas. Nem tenho sido muito ecologicamente correto tambem, confesso. Nao vou desenhar planilhas pro resto da vida, mas aprendi muita coisa útil. Nao vou virar engenheiro florestal, apenas gosto deles e respeito o conhecimento desse pessoal. Vim aqui pra aprender o que eu puder, e respirar novos ares. E quando sinto falta do photoshop, faço arte no power point. E isso é o mais legal: os engenheiros floretais acham o máximo.
2 comentários:
enquanto voce disserta sobre queimadas, mundo verde e coisas importantes e eu falo de Sundance e pessoas superficiais.
hauhuaha
Beijo!
muito bons os seus esclarecimentos, estou mais aliviada em saber que meu amigo não foi pra San Francisco trabalhar de jardineiro...kkkk
Se cuida negrinho
Beijo
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