Aperte o play e escute o que minha cabeça tem a te dizer.
Eu ando longe, mais longe do que longe de casa. Ando longe da realidade, mesmo tendo passado parte da minha vida evitando aceitar qualquer coisa que tivesse esse título. Aqui nada tem esse título. E aí eu me sinto longe, bem longe, bem. Eu tenho duas pernas e nunca tinha feito essa conta tao bem. E elas vao levando meus olhos, meus pensamentos e fazendo as vontades de cada pequeno impulso ou necessidade. Eu nao tenho mais medo de distancia. Eu nunca tive medo de aventura. Um dia eu almoço sentado num pedaço de madeira, enquanto a golden gate sorri na outra extremidade da bahia para mim. No outro, eu como correndo pra sair correndo mais cedo pra onde eu quiser correr. Eu aprendi a correr e nao perder meu folego. Aprendi que esse folego nada mais é que uma dose de razoes e vontades. Que controlam as pernas, que me levam longe. Eu erro e conserto e nem vejo isso tudo acontecer. Uma vez após a outra. E eu assumo o controle e tiro a mão do volante por 3 segundos a cem por hora só pra ver o que acontece. As vezes por 10 segundos. Mas aprendi a ver as coisas como se fossem objetos dispostos numa mesa redonda, e dou três voltas ao redor. Aprendi a fazer o que devo fazer quando eu nao devo fazer nada. Eu sou sério enquanto eu durmo. Por que é sério, você precisa dormir. Eu quero abraçar o mundo e encostar as mãos do outro lado. Quero dividir minha metade mas deixando a outra metade só pra mim. Eu tenho pequenos êxtases. Eu ouço uma música, eu escrevo uma idéia, eu transformo meus pensamentos no que eu quiser. Em algum momento, eu me vejo de cima e sei bem onde estou. Sei bem o que eu tenho. E aprendi que isso conta mais do que o que eu não tenho. E tudo isso eu aprendi de longe. Entao não devo estar tao longe. Eu tenho duas pernas e eu moro no meu chapéu.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
things are gonna fly, never say die
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
escute com os olhos
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
uadafãc
Ensaio como responder frases que eu nao sei responder. Como voce responde um what's going on? Um what's up? Ou pior, "what's new and exciting?"
Não importa, não importa. Por mais que eu mentalize que push é o contrário de puxe, eu vou continuar puxando as portas da Starbucks e dar vexame.
Thought, though, through, throughout. Mas isso eu aprendi.
Knowledge, acknowledgement, schedule. Isso eu também aprendi.
Beach and Bitch soam igual, nao importa o quanto riem da minha cara.
Pra mim banheiro é tudo bathroom. Restroom e tudo mais é lugar que amiga leva amiga.
Alguem me ensina a converter celcius para farenheit? Km pra milhas? Metros para pés? Alguém adapta este país ao resto do mundo?
Quando eu nao sei uma palavra eu junto duas. Key-holder, door-lock, madness-monday.
E aqui nao se fala tchau. Entao see you later. Good night. Heading out.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
um plano em branco
Hoje voltei a pensar sobre o assunto carreira, por uma série de razões que não vao entrar neste post, nem neste blog, tão cedo. Mas hoje eu pensei nisso, e pensei muito. Gosto muito de propaganda, de publicidade e de marketing. Mas gosto de tudo isso por uma razão: é onde eu posso ser criativo. Meu trabalho aqui, em pequenas doses, aproveitadas ao máximo, tem me permitido usar esse meu lado. Enquanto na verdade, penso que quanto mais eu conseguir provar que tenho isso, mas vão me permitir usar. Hoje tento ser criativo fazendo planilhas, e até que funciona. Com traduções não funciona, nem um pouco.
Não quero dizer que estou frustrado com meu trabalho aqui, não é bem isso. Sei dar valor, e sei que a oportunidade que estou enxergando aqui é maior que eu imaginava. Enquanto eu considerava vir pra cá e fazer qualquer coisa só pra estar aqui e viver essa experiência, tenho meu próprio laptop e cartão de visita. Eu nunca tive meu próprio cartão de visita – o que para um designer, é um afronto à classe. Tenho a oportunidade de mostrar grandes responsabilidades, sou praticamente responsável pelo bom andamento dos negócios em um país. O meu país. E o retorno de todo o esforço em silêncio que tenho feito aparece aqui, ali e logo mais que eu já sei.
Aqui ganho pouco e isso nunca foi prioridade. Se passamos a maior parte do nosso dia, pelo menos da parcela que passamos acordado, trabalhando, nos preparando para trabalhar, indo para o trabalho ou indo descansar para trabalhar no outro dia, é no mínimo um pouquinho interessante considerar ser apaixonado pelo o que você faz. Senão, perde-se o sentido, perde-se o tempo, perde-se a ambição. E foi assim que passei de um curso para o outro, de um emprego para o outro. Nunca pedi um aumento – senão pela insinuada que redigi essa semana. Mas também nunca morei sozinho, então vamos deixar assim.
E aí com base em tudo isso, que hoje pensei em carreira. Digo, com toda a enfatidão, que hoje não sei o que eu quero. Não me vejo mais em agência, apenas sei que foi a experiência profissional mais fantástica e engrandecedora que já tive. Gosto de um ambiente mais business, mas não quero usar gravata e jargões, nem ser mais um personagem do The Office. Brinco que quero virar escritor de seriado de comédia, mas é que hippies já tem demais. Eu realmente parei no meio dos trilhos pra rever as opções. E de certa forma, isso é bom. Por alguns poucos meses, isso vai ser bom. Não vou me desligar da causa, só vou parar de franzir a testa a respeito.
Isso tudo sei que é parte de todas essas descobertas que tenho feito por aqui. Me sinto um escavador, as vezes, retirando a areia de cima do tesouro usando um pincel bem pequeno. Melhor ir devagar a correr o risco de estragar alguma coisa. E aí a gente treina a paciência, que é irmã da inteligência, prima da sabedoria, tia-avó das decisões corretas. Devagar eu descubro mais o que posso, se me permito aceitar o que tenho na mão. E cada vez mais me sinto confiante para usar essa mão e agarrar o que eu quiser, na hora certa, no lugar certo. Acredito que cada um tem um talento especial, de acordo com suas experiências. O meu, ei de saber.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
sábado, 17 de janeiro de 2009
esFSCendo as coisas
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
uma passada
domingo, 11 de janeiro de 2009
my name is sunday
O final de semana passou, e mais rapido que devia. Depois de tanta correria e tanta coisa acontecendo, organizei minha vida lavando roupas, colocando as meias de molho, dormindo muito e fechei com chave de ouro com um passeio na praia. Praia essa que fica a 15 minutos da minha casa, numa das descobertas mais felizes dos ultimos tempos. Tem milhoes de trilhas e paisagens que funcionam como remédio para a cabeça.
pra chegar lá você usa as cordas
e botei o pé no pacífico denovo
e se nao bastasse, ainda ganhei uma sessao de energia do sol. vai saber
As coisas andam meio puxadas no trabalho, ou eu que ando meio mole. De qualquer forma, a segunda-feira soa mais perto do que eu gostaria, e a rotina está se tornando um pouco cansativa, por mais que eu fujo de pensar nisso. Mas a gente vai encarando. E só pra constar, na quinta rolou a despedida mais engraçada da história, para a Conchy, que já esta de volta na espanha. Ela ir embora, no fundo, foi muito triste, mas se tudo der certo, nos vemos denovo no brasil.
E pra fechar, me liguem: 47 3001 4187
Agora tenho um número de telefone em Joinville, que cai direto no meu celular, aqui longe. Entao se quiser falar comigo, me dar alguma notícia ou ouvir umas piadas, me liguem!
Boa semana, e o poder é de vocês.
domingo, 4 de janeiro de 2009
um sinal de vida ilustrado
Tenho sete dias para contar, dois mil quilometros, e coisas malucas, mas ainda nao tenho bem as palavras. Com um carro alugado, que levamos um malho por alugar no ultimo dia, fomos seguindo a voz, suave e irritante a longo termo, do gps. As estradas da california lembram muito o Brasil, exceto por todas as montanhas que eu vi pelo caminho. Fomos pela 101, pela ironia. De Los Angeles, ficaram experiencias malucas envolvendo gente maluca, de falar de cinema com gente do cinema, a calcada da fama eh apenas uma calcada onde as pessoas andam e jogam bituca de cigarro, enquanto o letreiro de Hollywood sao apenas letras de madeiras expostas num morro. Mas as praias sao as praias. O por do sol em malibu virou minha cabeca com todas as cores que nem photoshop faz.
Ouvir de alguem ter visto David Lynch varrendo o chao no apartamento da frente fez eu me sentir em Los Angeles. E ai, depois de uma virada semi-frustrada-recuperada-pelo-meu-otimo-senso-de-humor, nos empacotamos e pegamos a estrada. O ano novo comecou mesmo quando os tres brasileiros colocaram logo o peh no mar, em Santa Barbara. E ai tentamos pegar o por do sol em guadalupe, uma proxima praia, de acordo com o roteiro feito no mesmo minuto. E ai parada em Monterey, passeio e aquario, mais por do sol, mais praia. Ainda nao voltei pro mundo real, ou acabei de cheguei nele e ainda nao percebi. Algumas paisagens ainda estao nitidas na minha cabeca, assim como o valor de cada experiencia. Marco um final de ano, como o final do ano deveria ser. E de resto, eu jogo algumas fotos em uma ordem aleatória qualquer, nao muitas, pois ainda me falta tempo: